20.8.13

Sobre São Paulo e a poesia de suas esquinas


Hoje eu quero falar sobre a outra experiência que me fez pensar sobre o alcance das questões relacionadas à visualidade. Foi uma das coisas mais lindas que já me aconteceu. Em abril saiu um artigo meu numa revista online – e ele poderia se chamar “como tudo começou”. Está disponível aquiMas o que importa é que, quando foi publicado, divulguei no Facebook e ele acabou caindo nas mãos da Silvana, essa linda, que mora em São Paulo e estuda Produção Multimídia no Senac. Resumão da ópera: ela gostou, divulgou, as pessoas gostaram e de repente ela me chamou pra ser PALESTRANTE num evento que eles estavam organizando. Eu morri três vezes antes de aceitar o convite.

E lá fui eu sozinha pra Sampa. Belezas à parte (ônibus que chega na hora na rodoviária, hostel que é puro amor), toda a viagem foi bem legal. São Paulo é vida. E o Senac também. O Mundus Spectaculum foi organizado pelos alunos da turma da Silvana e reunia todo o curso em torno de apresentações dos próprios estudantes e, ao fim de cada dia, havia uma palestra. E uma delas era a minha. Eu falei basicamente sobre o meu trabalho, mostrei alguns dos livros que me interessam e fiz minha defesa de sempre: por uma universidade mais aberta e transdisciplinar.

O que mais me encantou nessa viagem foi o centro de informática com iMacs a abertura dos alunos da área de design a essa minha proposta, coisa que raramente vejo quando falo com gente da Literatura. Respondi a várias perguntas, várias pessoas vieram falar comigo depois pra dizer que olha, muito legal o que você falou, tem que ser assim mesmo ou você conhece tal livro?, porque você devia usar. Foi uma recepção muito linda a que eu e meus slides com livros bonitos tivemos.

O que eu concluí dessa viagem foi o seguinte: tem gente querendo fazer todo esse movimento de troca, sim. De trânsito entre as áreas. Não são poucos. Só falta um canal pra essas pessoas se conhecerem, porque às vezes tem uma em Minas, duas em SP, outra na Paraíba... é isso que falta. A internet ajuda, claro. Mas não é só. Acho que falta contato pessoal. De ir lá e ver que a pessoa tem o mesmo interesse que você, trocar ideias etc.


Porque, como eu já disse e sempre vou dizer, tem muita gente no mundo que ama livros bonitos. Mas quem estuda isso? Eu estudo. E deve ter mais gente por aí.


3 comentários:

  1. Cada post que leio do seu blog, só me dá vontade de voltar no tempo e ter ido atrás do meu sonho: Letras!
    Seu trabalho é maravilhoso e só tenho elogios a fazer. E fico imensamente feliz, por ter dividido um pouco disso tudo com a gente, aqui em SP =D

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    1. mas sil, eu sou a prova viva de que não precisa voltar no tempo! é só achar um novo caminho :)

      foi um prazer estar aí (L)

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    2. Tô buscando o meu e vou achar! =)

      ˆˆ

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